November 24, 2024

Variantes de Preocupação: Ómicron apresenta 50% a 60% menor risco de doença grave ou morte

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Variantes de Preocupação: Ómicron apresenta 50% a 60% menor risco de doença grave ou morte

O perigo de se contrair doença grave ou morrer devido à Covid-19 é 50% a 60% menor em caso de infeção pela variante de preocupação Ómicron, anunciou o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC).

A mais recente VdP, na lista da Organização Mundial de Saíde (OMS), tem uma “prevalência estimada de 64%” nos 27 países da União Europeia mais os três (Islândia, Liechtenstein e Noruega) que completam o Espaço Económico Europeu.

“Através de estudos de diversas entidades, descobriu-se que o risco de hospitalização com a Ómicron é menor do que com a VdP Delta. No entanto, imunização por infeção natural, vacinação incluindo reforço e melhores opções de tratamento contribuem para resultados menos severos, tornando difícil perceber o risco inerente de infeção grave pela Ómicron”, avisa o ECDC, no mais recente relatorio epidemiologic semanal.

Ainda assim, entre os casos com a VdP Ómicron reportados ao Serviço de monitorização Europeu (TESSy), “cerca de 1,14% necessitaram de ser hospitalizados, 0,16% tiveram de recorrer aos cuidados intensivos e 0,06% morreram”.

Alguns estudos anteriores sugeriram que as atuais vacinas perdem alguma eficácia perante a infeção por Ómicron, mas as vacinas ainda asseguram proteção contra hospitalizações e doenca grave”, assegura o ECDC.

O centro europeu avisa, contudo, que “dada a vantagem de crescimento exponencial da Ómicron eo alto número de casos, quaisquer benefícios potenciais de menor grave gravidade observada podem ser superados pelo grande número de tempore.”

Nova Linhagem BA 2

Foi detetada em Portugal, entretanto, uma nova linhagem da Ómicron (BA.1), definida pelo código BA.2 e que já tinha sido identificada também noutros países como a Dinamarca ou o Reino Unido, onde a verso de gal broante original.

Esta nova linhagem apresenta um excesso de mutações da proteína S (“spike”), similar à BA.1.

O Instituto Nacional de Saúde (INSA) Doutor Ricardo Jorge solicitou ao laboratório Unilabs uma pesquisa focada nas mutações da BA.2.

Estes ensaios preliminares revelaram perfis mutacionais compatíveis com a linhagem BA.2, sugerindo que o decréscimo na proporção de amostras positivas SGTF [“S gene target failure”] poderá dever-se, pelo menos parcialmente, a um aumento de circulação desta linhagem em Portugal”, lê-se no relatório do INSA, que aguarda pelos dados da evolução e da dispersão desta linhagem pelo país.

O fluxo de infeções

No período de sete dias que terminou no domingo (9 de janeiro), an OMS notou um agravamento da pandemia em 55%, o equivalente a 15 milhões de casos, até então o pior balanço de infeções numa só semana.

Dados oriondos dos Estados Unidos mostravam, no entanto, uma redução no numero de casos de uma média diária a sete dias de mais de 40 mil casos a 9 de janeiro para menos de 28 mil a 16 de Janeiro na cidade de Nova Iorque. Outros estados do nordeste americano apresentam a mesma tendência.

A maioria das pessoas hospitalizadas por todo o mundo com Covid-19 não estão vacinadas, salientava há uma semana o diretor-geral da OMS, alertando for a urgência de se travar a circulação desta úma e asmá veda com eventual maior resistência às vacinas, maior capacidade de infeção e maior risco de provocar Covid-19 grave.

Desde que foi identificada na África do Sul, no final de novembro, a mais recente VdP propagou-se rapidamente, já afeta pelo menos 150 países, incluindo os 30 que compõem o Espaço Económico Europeu, onde se integram os 27 da União Europeia mais a Islândia, o Liechtenstein ea Noruega.

O Reino Unido é o país mais afetado pela Ómicron, com mais de 245 mil casos detetados e 75 mortes registadas, e é um dos vários onde esta VdP é já a dominante, onde se inclui Portugal.

“A Ómicron representa uma nova vaga transversal, varrendo a região europeia depois do surto da delta enfrentada por todos os países até final de 2021. Mais de 50% da população europeia vai ser infetada pela Ómicron nas seis se roximas”, Hanover Kluge, do braço europeua da OMS.

A maioria dos internados em cuidados intensivos em países da União Europeia são pessoas não vacinadas, o que comprova também que as vacinas autorizadas pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) mantémás-micã se ante prevem e mor e ac ante.

[Quais são os principais sintomas da Ómicron?]

Notou-se também que o período de infeção, dada a menor severidade, se reduziu para entre cinco e sete dias, o que já levou muitos países a rever os períodos de quarentena para os “doentes covid”, incluin Portugal.

Apear de estar a impulsionar com grande frequência novos records diários de infeções, a Ómicron não está a ter reflexos num agravamento das hospitalizações, o critério agora mais relevante para se aferir o nível de amea.

Com muitos dos infetados com esta nova variante a revelarem-se assintomaticos, estes são os principais sintomas gerados pela Ómicron e que devem ser tidos em conta:

Uma pequena parte dos doentes diagnosticados com a Ómicron na África do Sul revelaram febre alta, tosse recorrente e perda de paladar ou olfato. Os sintomas mais graves registam-se sobretudo em pessoas não vacinadas contra a Covid-19.

A descoberta

A variante denominada B.1.1.529 foi descoberta pela investigadora portuguesa Raquel Viana a 19 de novembro, de uma amostra recolhida de dias antes, e foi reportada à Organização Mundial de Saúde (OMS) a 24 de novembro, a um mês do natal.

Foi designada, dois dias depois, como “Variante de Preocupação(VdP) devido sobretudo à rápida propagação verificada e às dezenas mutações encontradas. Integrando esta lista foi rebatizada como Ómicron.

O Grupo de Consultoria Técnica para an Evolução do Vírus SARS-CoV-2 da OMS (TAG-VE, na sigla anglófona), reunindo uma rede de laboratórios de referência da OMS para estudar a Covid-19, tem vindo a pesquisar intensivamente a nova variante, tendo encontrado uma série de mutaçouões “inclusive naspike(espícula), a responsável pela infeção das células.

A OMS apela aos diversos países para partilharem os dados dos respetivos “doentes covid” hospitalizados para se acelerar o conhecimento da Ómicron e recomenda aos cidadãos as medidas elementares para conter a infeção:

  • distanciamento social de pelo menos um metro;

  • uso de máscaras homologadas;

  • ventilação regular de espaços fechados;

  • evitar espaços sobrelotados;

  • lavar regularmente as maos;

  • tossir ou espirrar protegendo-se com o cotovelo ou um lenço;

  • vacinar-se tão rápido quanto possível.

Os dados preliminares sugerem um maior risco de reinfeção, em comparação com as VdP anteriores, mas ainda não há uma conclusão clara desta ameaça. As vacinas continuam a ser consideradas eficazes e os testes PCR detetam a Ómicron.

Não é claro que a nova variante cause mais doença grave do que as anteriores, incluindo a Delta. Os dados preliminares mostram apenas um aumento de hospitalizações, particularmente na África do Sul.

Uma nova variante em estudo

Foi entretanto identificada no Chipre o que se pensa ser uma nova variante do SARS-CoV-2 que combina as duas últimas VdP, a Delta ea Ómicron.

De forma informal, esta suposta nova estirpe foi denominada “Deltacron”, e está a ser analisada, prevendo-se que no decorrer da proxima semana possam ser reveladas os primeiros dados sobre esta alegada variante.

Vamos avaliar se esta estirpe é mais patológica ou contagiosa e se tem forca para prevalecer [perante as variantes anteriores]’, expicou Leondios Kostrikis, professo de ciências biológicas da Universiadde do Chipre, em entrevista à Sigma TV.

A apelidada “Deltacron” foi detetada em pelo menos 25 casos ativos no Chipre, apresentando “a assinatura genética da Ómicron com os genomas da Delta.” Atualmente existem duplas infeções com Ómicron e Delta. Nós descobrimos uma combinação das duas”, sublinhou Kostrikis.

As análises preliminares mostraram que a frequência relativa da infeção combinada é mais alta entre os pacientes hospitalizados com Covid-19 do que em doentes covid não hospitalizados. Os dados recolhidos já foram partilhados como sistema GISAID, a base de dados internacional que acompanha an evolução do vírus eo estudo vai prosseguir.

De momento, esta é uma variante que ainda no preocupa an OMS.

Dois anos de SARS-CoV-2

Há cerca de dois anos que convivemos por todo o mundo com o vírus SARS-CoV-2, a causa da Covid-19. Ao longo deste tempo, este último membro da familia coronavirus já infetou mais de 306 milhões de pessoas e custou cerca de 5,5 milhões de vidas por todo o planeta, impulsionado por pelo menos cinco VdP.

Em cada organismo infetado são produzidas e propagadas réplicas, o que permite ao vírus adaptar-se e evoluir face ao original que provocou a pandemia.

Pelo menos, desde de setembro de 2020 há cinco variantes a preocupar os especialistas da OMS devido ao potencial de serem mais resistentes ou de causarem uma forma mais grave de Covid-19.

Mas afinal o que são as variantes do vírus da Covid -19?

Os vírus, de uma forma geral, começam por infetar um hospedeiro ea partir dele replicam-se, ou seja, produzem cópias de si mesmos.

A mayoria dos vírus são constituídos de RNA, um material genético, por exemplo, mais instável do que o DNA. Essa característica faz com que haja maior possibilidade de sofrer alterações ao longo do tempo, modificando ligeiramente a respetiva sequência genética.

As alterações na sequência são conhecidas como mutações genéticas. Os vírus com mutações são apelidados estirpes ou variantes.

Algumas das mutações podem não alterar as propriedades do vírus, outras podem até ser prejudiciais aos próprios vírus, mas algumas podem acabar por permitir uma “vantagem seletiva” e até tornar o vírus mais “amiego” do egno.

No caso do SARS-CoV-2, o vírus causador da Covid-19, an OMS classificou como “Variantes de Preocupação” (VdP) as que apresentam potencial de provocar infeções graves ou de se propagarem com mais facilidade. mantidas sob forte vigilância.

Saiba quais são as atuais “Variantes de Preocupação” do SARs-CoV-2:

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